quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SÉRIE CARNAVAL



SÉRIE CARNAVAL
Tabajara busca inspiração nos deuses Nagôs


Vencedora dos últimos oito carnavais em Uberlândia, a Tabajara leva para a avenida este ano as tradições africanas da etnia Nagô-Yoruba, com o tema “O mito da criação na aurora dos deuses Nagôs”.  A escola reforça a necessidade de divulgar a cultura negra, um dos pilares da história brasileira e pretende cantar na avenida o sopro sagrado de Olorum.
A Tabajara vai entrar na avenida com quatro carros alegóricos, cada um representando um elemento da criação, mais dois tripés e 600 componentes divididos em 25 alas, sendo que cada uma representa um recorte da cultura da “terra mãe”. Segundo Luciano “Moicano”, diretor de carnaval da escola, a grande surpresa para este ano é o conjunto luxuoso que a Tabajara vai levar para a avenida. “São fantasias inéditas, como novas técnicas de aramagem e esculturas em isopor, alumínio e aço escovado. Esse diferencial vai dar um toque de luxo e glamour na avenida do samba”, afirma Moicano.   A escola é a terceira a ser destacada na série de reportagens sobre o Carnaval produzida pelo núcleo de Imprensa da Secretaria de Comunicação e disponibilizada no Portal da Prefeitura.

História

A Escola de Samba Tabajara foi criada em 1954 pelos mestres Pato e Lotinho a partir de um bloco carnavalesco com sede no extinto bar "Caba Roupa" ou José do Patrocínio, reduto dos negros. Em 1956, a Rádio Educadora de Uberlândia realizou o primeiro concurso de escolas de samba da cidade, sendo a Tabajara sua primeira campeã. Também foi vencedora do primeiro carnaval oficial de Uberlândia em 1957. O nome foi inspirado na Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e em homenagem aos índios Tabajaras, que inspiraram a primeira fantasia de seus componentes foliões.  A principal referência da escola é o tradicional bairro Patrimônio.
Em 2005, a Tabajara fez uma homenagem à estrada de ferro Mogiana, que trouxe desenvolvimento e faz parte da história de Uberlândia. Em 2006, homenageou a célebre artista Carmem Miranda.
            No ano de 2007, a Tabajara abordou a culinária brasileira como tema de seu desfile. No ano seguinte, inspirada na onda da reciclagem, apresentou um enredo crítico aos problemas ambientais e éticos do Brasil.
            Em 2009, a escola contou a história de Chico Rei, escravo trazido à Vila Rica, que acumulou ouro para alforriar seus pares e que trouxe a tradição do congado para o Brasil. A escola aproveitou o enredo para homenagear também o centenário da Irmandade do Rosário em Uberlândia.
            No ano seguinte, 2010, a Tabajara levou para a avenida uma abordagem sobre as mitologias do boi em várias culturas, tendo como tema principal a tradição do Boi-Bumbá do Maranhão. A escola também fez referências à figura do Boi em culturas ancestrais como, por exemplo, o Bezerro de Ouro adorado pelos exilados do Egito e do significado sagrado do Boi para as mitologias grega (Minotauro) e egípcia. 
O heptacampeonato veio em 2011, repetindo o êxito obtido na passagem das décadas de 1950-1960. O responsável pela nova façanha foi o carnavalesco Flávio Arciole.
Ano passado, a escola chegou ao seu oitavo título consecutivo mostrando em seu desfile a saga do migrante nordestino rumo à terra fértil, ou seja, a Uberlândia.


Daniela Queiroz
30/01/13

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